Em outubro de 2006, aos 39 anos, eu era a matriarca de uma típica família feliz: eu, meu esposo Celso e nossas filhas Bruna, então com 10 anos, e Natália, com seis, mantínhamos nossas vidas e nossas rotinas. Foi quando percebi um nódulo na axila e na mama direita. Daí à confirmação do câncer de mama com metástase óssea foi um pulo.
Em fevereiro de 2007 dei início ao tratamento com quimioterapia e, dois meses depois, precisei retirar a mama direita e os ovários até que, em 2008, passei a fazer também a radioterapia, para combater as dores e o avanço da metástase em outras partes do corpo.
No primeiro momento foi assustador. Fiquei sem reação e demorei a digerir a situação. Até porque, o tratamento às vezes se torna doloroso; mas no CECAN todos os pacientes recebem um cuidado especial de cada profissional, o que faz toda a diferença na recuperação.
A gente sente isso no dia a dia; seja no doce sorriso das meninas da recepção, que te chamam pelo nome; nas enfermeiras, que mais parecem anjos preparando os medicamentos com toda atenção e cuidado para amenizar o medo e a reação ao medicamento; seja nos médicos, que nos transmitem segurança e força para prosseguir.