Pesquisa Clínica no Cecan
CECAN desenvolve estudos clínicos
Centro de Oncologia tem dois estudos direcionados a pacientes com câncer de mama
A Unidade de Oncologia da Santa Casa de Piracicaba (CECAN) tem dois estudos clínicos em andamento sobre o tratamento do câncer de mama em estágio avançado e com metástase e busca pacientes que sejam adequados para os estudos de fase 3, em que os médicos comparam a eficiência, o êxito e os efeitos colaterais do novo tratamento com a prática terapêutica em uso.
Os ensaios clínicos são patrocinados por agências de incentivo à pesquisa, regulamentadas pela Conep (Comissão Nacional e Ética em Pesquisa) e supervisionadas pelos CEP (Comitês de Ética para Pesquisa), de modo a garantir a segurança dos pacientes que participam dos estudos clínicos. Estas são exigências da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que o medicamento seja liberado antes de se tornar padrão no tratamento do câncer. “São estudos realizados em vários centros de referência no tratamento de câncer, possibilitando que pacientes de todo o Brasil tenham a possibilidade de participar das novas pesquisas”, disse o oncologista André Moraes.
Segundo ele, a proposta é estabelecer e contribuir significativamente para a evolução técnico-científica do tratamento do câncer, ajudando a proporcionar uma visão abrangente da saúde e beneficiar o ser humano com o conhecimento gerado.
“Ao abrir essa possibilidade, os pacientes têm disponibilizados medicamentos de difícil acesso, pelo fato de ainda não estarem aprovados, embora já tenham sido avaliados em todos os processos e tenham sua eficácia demonstrada”, salienta Moraes, revelando tratar-se de uma oportunidade terapêutica muito interessante.
Ele lembra que o câncer é uma doença grave e as opções de tratamento são por vezes limitadas. Neste contexto, os pacientes de um estudo clínico recebem atenção específica de acordo com as exigências da pesquisa e têm acesso a novas terapias; algumas consideradas muito promissoras e ainda indisponíveis na prática rotineira. “Temos, por exemplo, o registro de um anticorpo que resgata a imunidade do paciente; no entanto, o custo médio é de mais de R$ 7 mil para cada 100 mg(l) de medicamento. Essa descoberta, entretanto, só estará disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em oito ou dez anos. É muito tempo”, ressalta o oncologista.
Segundo ele, ao longo de seus 25 anos de atuação na Santa Casa, o CECAN conduziu mais de 50 estudos clínicos. “Além de oferecer uma opção a mais de tratamento para pacientes, o estudo clínico proporciona também o aprimoramento da equipe, que participa e mantém contato com profissionais renomados. Além disso, quando o paciente aceitar participar da pesquisa clínica, passará a ser custeado pelo patrocinador da pesquisa, empenhado em comprovar a eficiência de seu medicamento, absorvendo assim todo o custeio do tratamento e seus exames, desonerando a saúde pública ou suplementar e o próprio paciente e sua família”, explica o oncologista.
Em sua análise, a pesquisa clínica na área médica é a única forma de ampliar o nível de conhecimento sobre as doenças e seus tratamentos, pois trata-se de uma investigação científica. “A evolução da medicina se deve à pesquisa, tanto nas áreas básicas quanto na sua aplicação clínica”, avalia André Moraes. Segundo ele, diariamente há informações a respeito de novos avanços e novos tratamentos para muitas doenças; descobertas que exercem verdadeiro fascínio pois faz renascer na humanidade a esperança da melhora e da geração de benefícios a muitas pessoas, com a possibilidade de cura de doenças.
Pacientes que se identificam com o tipo de estudo clínico oferecido pelo CECAN e que queiram participar da pesquisa, devem pedir orientação para o seu médico e, em seguida, entrar em contato com o CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa pelo telefone 2532.8200 ou 2532.8218.