Unidade de Hormonioterapia
A hormonioterapia é uma das alternativas de tratamento oferecidas pelo CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba para que, a grosso modo, tudo ocorra da maneira correta no organismo.
Para isso, as células precisam se comunicar e essa função é exercida por substâncias naturais conhecidas como hormônios.Quando tumores malignos surgem em locais normalmente estimulados por esses hormônios, como as mamas e a próstata, as células cancerígenas passam, então, a utilizá-los em benefício próprio, para crescer e avançar.
Nestes casos, a hormonioterapia é utilizada para bloquear a ação hormonal, evitando que os hormônios auxiliem na evolução da neoplasia (câncer).Os medicamentos são administrados a base de comprimidos ou injeções.
A terapia pode ser classificada de acordo com sua finalidade (curativa ou paliativa), modo de aplicação (isolada ou combinada), mecanismo de ação (supressão ou aumento dos níveis de hormônios) e método de execução (medicamentosa, cirúrgica ou por radiação).
No CECAN, esse processo ocorre em sala especial, com 18 leitos; dois deles reservados a pacientes que necessitam de longa permanência para receber os quimioterápicos. Eles são rigorosamente preparados na Farmácia do CECAN com base na prescrição médica e, depois, administradas pela equipe de enfermagem de maneira segura e eficaz.
O tipo de execução e o momento de uso da hormonioterapia dependem de fatores relacionados ao tumor, à idade do paciente e ao risco de efeitos colaterais.
Efeitos colaterais
A terapia hormonal tem ação sistêmica, ou seja, age em todo o corpo. Por isso, a ausência da ação de alguns hormônios pode acarretar o mau funcionamento de áreas saudáveis do organismo.
Desta forma, podem surgir sintomas como ondas de calor, impotência sexual, ressecamento vaginal, perda da libido, alterações nos níveis de gordura no sangue e ganho de peso. O risco de trombose também pode aumentar.
Todos esses efeitos, porém, podem ser amenizados com medicação prescrita pelo médico, sendo baixa a incidência de complicações graves.
Também é fundamental que o paciente tente manter sua rotina habitual, evitando esforços exagerados. Realizar uma atividade física leve, pelo menos três vezes por semana e sob orientação de um profissional, pode colaborar para o bem-estar geral.
Além disso, apesar de a hormonioterapia afetar a vida sexual, as relações não são contraindicadas durante o tratamento. Pelo contrário, mantê-las como hábito melhora a autoestima e auxilia a superar os desafios do combate à doença.