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Farmácia

Rigor no preparo de fórmulas precisas

Prescrições médicas são preparadas na Farmácia do CECAN e passam por tripla checagem

 

Para que o tratamento do câncer com quimioteraria ou hormonioterapia tenha a máxima eficiência possível, a elaboração das fórmulas prescritas pelos médicos exige extremo rigor e fidelidade à prescrição porque é a ação medicamentosa no organismo de cada paciente que reduzirá ou eliminará o câncer.

É uma atividade muito específica que exige a atuação de profissionais especialistas e com experiência em oncologia. Na farmácia do CECAN, duas farmacêuticas são responsáveis pelo preparo das mais de 60 quimioterapias ministradas diariamente na sala de quimioterapia, onde 18 leitos são disponibilizados aos pacientes; dois deles reservados para os que necessitam de leitos de longa permanência para receber o medicamento.

O estoque dispõe de mais de 80 diferentes substâncias utilizadas nos pacientes com câncer. O local atende também pacientes com doenças reumáticas encaminhados pelo SUS e pelos convênios para receber substâncias que precisam ser diluídas e manipuladas pela Farmácia Oncológica.

A farmacêutica responsável e coordenadora do setor, Valéria da Costa, assume esse desafio ao lado da farmacêutica Carolina Roque Lopes de Oliveira, da técnica de Farmácia Denise Rissato de Toledo e da auxiliar de Farmácia Keila Ferreira Pontes Vieira. Ela afirma que antes do preparo dos medicamentos, a prescrição médica passa pela checagem do próprio médico, depois pela avaliação das supervisoras de enfermagem e, por último, pela análise das farmacêuticas. Esse procedimento, chamado de tripla checagem, garante ao paciente que ele receba as substâncias adequadas ao seu tratamento.

A maior parte dos medicamentos contra o câncer é tóxica. Portanto, sua manipulação se dá com base no protocolo definido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e exige o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) específicos para a atividade.

A diluição exige cálculos precisos e só pode ocorrer no interior de um aparelho de fluxo laminar para evitar contaminações. Por isso, o CECAN dispõe de laboratório apropriado e equipado para manipulação dos quimioterápicos, entre outras substâncias como anti-inflamatórios e anti-histamínicos.

A área tem uma sala onde as embalagens dos medicamentos são lavadas e esterilizadas. No local ficam também o chuveiro de segurança e a pia de lavagem para os olhos; utilizados em caso de acidente que cause contato dos medicamentos com alguma parte do corpo do profissional.

De acordo com Valéria, é raro ocorrer acidentes porque o acesso ao local é extremamente restrito, elas seguem o protocolo de segurança e nunca deixam de usar os EPIs: óculos com vedação lateral total, duas luvas em cada uma das mãos, máscara com carvão ativo, gorro e avental de mangas longas impermeáveis.

A paramentação das profissionais começa nessa primeira sala de higienização. Depois dela, as farmacêuticas passam por uma antecâmara que compensa a diferença de ar e dá acesso à sala de diluição, onde está o aparelho de fluxo laminar, que retira 100% das substâncias que possam ter ficado no ar durante a manipulação dos produtos. O equipamento também filtra o ar do ambiente, evitando a contaminação do meio.