Aos 42 anos, em 2005, ao realizar minha primeira mamografia, descobrimos um nódulo em estágio inicial. Fiz, então a quadrantectomia para retirada parcial da mama e, por prevenção, iniciei as sessões de radioterapia no CECAN para acompanhamento.
Passados oito anos, os exames constataram a presença de outro tumor, um pouco maior, o que me obrigou a enfrentar a tão temida “vermelhinha”. Dessa vez o tratamento foi mais agressivo; meu cabelo caiu e eu passava muito mal após as sessões.
Minha primeira reação foi: “Porque comigo? ”. A resposta veio no dia da minha primeira quimio, quando vi ao meu lado uma jovem, com uns 20 e poucos anos; a idade da minha filha. Naquele momento, eu só pude sentir gratidão, pois entendi que, se o câncer tivesse acometido a minha filha, o meu sofrimento seria bem maior.
Em 2016, já participando do grupo “Amigas da Onça” (grupo de mulheres contra o câncer, ao qual serei eternamente grata), exames de rotina constataram novos tumores secundários no fígado e no pulmão. Hoje, graças a Deus, estou bem e só tenho a agradecer à toda equipe do CECAN, que trata a todos com muito carinho.