Cecan

CÂNCER E GRATIDÃO

Naquele momento entendi que minha filha poderia estar no meu lugar

Eliana Peterman, 55 anos, paciente do CECAN há 13 anos

Aos 42 anos, em 2005, ao realizar minha primeira mamografia, descobrimos um nódulo em estágio inicial. Fiz, então a quadrantectomia para retirada parcial da mama e, por prevenção, iniciei as sessões de radioterapia no CECAN para acompanhamento.

Passados oito anos, os exames constataram a presença de outro tumor, um pouco maior, o que me obrigou a enfrentar a tão temida “vermelhinha”. Dessa vez o tratamento foi mais agressivo; meu cabelo caiu e eu passava muito mal após as sessões.

Minha primeira reação foi: “Porque comigo? ”. A resposta veio no dia da minha primeira quimio, quando vi ao meu lado uma jovem, com uns 20 e poucos anos; a idade da minha filha. Naquele momento, eu só pude sentir gratidão, pois entendi que, se o câncer tivesse acometido a minha filha, o meu sofrimento seria bem maior.

Em 2016, já participando do grupo “Amigas da Onça” (grupo de mulheres contra o câncer, ao qual serei eternamente grata), exames de rotina constataram novos tumores secundários no fígado e no pulmão. Hoje, graças a Deus, estou bem e só tenho a agradecer à toda equipe do CECAN, que trata a todos com muito carinho.