Quando completei 37 anos, pedi a Deus que me concedesse saúde e maturidade. Estava feliz e agradecida pela minha vida e pela minha família, meu bem mais precioso. Amamentei meu filho José Miguel até os dois anos, período em que percebi um nódulo estranho no meu seio. Procurei ajuda médica e, em maio de 2017, fui diagnosticada com câncer de mama. Um choque.

Passado o susto inicial, coloquei em minha mente que o câncer não iria me vencer. Fiz todos os processos para extração da mama, mantendo sempre a autoestima, a motivação e a alegria, que são minhas características. Conduzi minha família com a mesma tranquilidade e, no Cecan, fui acolhida por anjos com alegria, amor, motivação, esperança e muito, muito profisssionalismo.

Na Unidade, fiz muitos amigos e os laços continuam fortalecidos, pois a capacidade de amar estabelecida entre o grupo faz com que um ajude o outro, sempre. Quantos abraços tenho dado e recebido ao longo dessa caminhada; certamente também por isso, meu tratamento esteja sendo um sucesso.

E se você um dia passar por esse tipo de experiência, não ligue se seus cabelos caírem; são apenas detalhes que vão e vêm. O foco e o aplauso devem ser para a vida, pois o câncer tem cura quando a gente mantém a leveza e a força de uma águia.