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Autoestima, como está a sua?

por Pedrilha de Goes Baggi

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Nós amamos muitas pessoas em nossa vida, incondicionalmente amamos principalmente nossos filhos, mas esquecemos de nos amar também de forma incondicional, o que vai mexer diretamente com a nossa autoestima.

Ouvimos falar que estamos com autoestima baixa, que precisamos melhorar nossa autoestima, mas como fazer isso?

Vamos definir o que é autoestima: o dicionário coloca a autoestima como um substantivo feminino e significa: “qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos”.

Por que é tão difícil nos amarmos? Sempre que nos comparamos com o outro tendemos a nos sentirmos menos, pois deparamos com nossas limitações e dificuldades e temos também um EGO que sempre tem o desejo de se destacar, de ser especial, famoso, melhor que os demais. Portanto se eu não estou dentro daquele grupo que faz parte da classe dos “melhores”, então não tenho nenhum valor.

Esta desvalorização de si próprio gera crenças negativas que nos levam a comportamentos que acabam nos boicotando, ou seja, nos punem e impedem nossa evolução emocional, pessoal e profissional.

A baixa autoestima pode nos levar à dependência emocional, pois se eu acredito que o outro é melhor que eu, então não sou merecedora do bom, portanto, me contento com as migalhas que me dão, podendo ter relações onde sempre me coloco como aquele que se submete ao outro.

A depressão também é uma consequência da baixa autoestima. Como a própria palavra depressão expressa seu significado: diminuição, redução, decréscimo. Portanto, as pessoas deprimidas se veem sem qualquer valor, diminuídas, vítimas, miseráveis, inúteis e que ninguém as valorizará.

As pessoas com baixa autoestima geralmente desenvolvem um quadro de ansiedade, têm muito medo do futuro, que algo terrível possa acontecer porque na verdade não acreditam nas suas próprias capacidades, existe uma grande insegurança. São pessoas que sempre precisam de alguém para ajuda-las, pois não acreditam que conseguem resolver seus problemas sozinhos.

Como o ego é o responsável por diferenciar expectativa e realidade, ou seja, o que o indivíduo é capaz de realizar e o que realmente realiza, faz com que uma das “saídas” para acreditar que possa ser reconhecido é atingindo a perfeição desejada tornando-se perfeccionista. Sua autoestima desmorona quando percebe a realidade de que é imperfeito, sujeito a falhas.

A falta de amor é o que designa o ponto comum no indivíduo que está com sua autoestima baixa, sentimento de culpa, de ser vítima das situações, sentimento de auto piedade e de serem inúteis são predominantes e geradores da crença de quem ninguém as valoriza.

Para trabalhar este aspecto negativo é necessário se aceitar, se amar sem condições prévias, isto é, do jeito que se é, sem comparações com o outro, sem procurar a perfeição, agindo de acordo com nosso critérios pessoais, eu penso, eu falo e eu ajo de acordo com meus princípios independente do que nos rodeia, pois cada indivíduo é único, com suas qualidades e defeitos então a auto aceitação será libertadora.

Podemos recuperar e tratar nossa autoestima em qualquer época da vida, as decisões tomadas irão interferir diretamente nela. Escolhas destrutivas fortalecerão as crenças e inconscientemente reforçará a baixa autoestima, no entanto, movimentos positivos farão o contrario fortalecendo a confiança em si mesmo consequentemente aumenta a autoestima, pois passa a dar um valor construtivo, quanto mais escolhas positivas mais confiança e melhora da autoestima.

Rever seus conceitos, reavaliar sua vida, se questionar se está feliz ou o que incomoda, observar suas qualidades, olhar os pontos positivos da vida são alguns itens que podem ajudar a estar melhor consigo mesmo. O autoconhecimento é um caminho que pode melhorar sua autoestima, muitas vezes precisamos da ajuda de um profissional psicólogo para isso.

O importante é ser feliz!!

Pedrilha de Goes Baggi é psicóloga. CRP 06/55422-5.