Cecan

Hábitos saudáveis reduzem o câncer

Comportamento do paciente pode prevenir até um terço dos tumores

No Dia Nacional de Combate ao Câncer, lembrado hoje, 27 de novembro, o CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba lembra que, além de modernas estruturas e profissionais altamente qualificados, o sucesso do tratamento do câncer depende também do comportamento do próprio paciente durante esse processo.


Segundo o oncologista Fernando Medina, do CECAN, muitos pacientes perguntam como ajudar no tratamento para superar o problema ou impedir seu retorno. “A boa notícia é que agora temos o que recomendar com base em evidências científicas”, comemora o oncologista, referindo-se à orientação referendada recentemente, durante o congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, o maior do mundo na área.


“Cientistas e estudioso apontam para a importância do estilo de vida, inclusive após o diagnóstico da doença”, disse Medina, evidenciando que hábitos equilibrados para uma vida saudável previne no mínimo um terço dos tumores, ajudando a debelar a doença com maior eficácia.


Segundo o oncologista, a dica é fazer exercício físico regular, cuidar do peso, ingerir grãos integrais, frutas e verduras e maneirar nas carnes vermelhas e processadas, conforme propõe o trabalho conduzido por Erin Van Blarigan, epidemiologista da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, junto a 992 voluntários. Sete anos depois, o grupo que optou por um estilo de vida saudável alcançou uma redução de 42% na mortalidade. Se o participante bebesse pouco álcool, o risco de morte baixava em 51% e o de recorrência da enfermidade, em 36%.


“Ou seja, a exemplo da Cardiologia, uma área mais experiente da medicina, a Oncologia também já observou que o tratamento farmacológico, sem a adesão de hábitos equilibrados, não funciona direito”, disse Medina. Para ele, essa visão holística propõe alinhar as terapias convencionais com o estilo de vida e, assim, minimizar o risco de problemas futuros. “Sabemos que não é fácil parar de fumar ou começar a se exercitar, mas temos de incentivar essas estratégias”, defende.