Cecan

NOVEMBRO AZUL

O impacto de comportamentos altruístas no combate ao câncer

Foi impactante a palestra conduzida na manhã de ontem (29) pelo psicólogo clínico Júlio Cesar Fonseca, que encerrou a Campanha Novembro Azul do CECAN (Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba), falando sobre a importância da administração mental e emocional como ferramenta eficaz no combate aos “Impactos Psicológicos do Câncer de Próstata”, tema da abordagem.

Diante de um público misto e eclético, com homens e mulheres na recepção da Unidade, ele deixou claro, entretanto, que as orientações valem não apenas para o enfrentamento do câncer, mas de todo tipo de medos e impedimentos que paralisam, evitando as melhoras que podem advir de comportamentos altruístas e otimistas.

Ele chamou a atenção para o ‘poder’ que temos dentro de nós mesmos, alertando para a responsabilidade que todos devemos ter com nossos próprios processos internos de cura e adoecimento. “É de vital importância nos posicionarmos diante da doença, ou de qualquer outro problema, colocando-nos acima dela para que o enfrentamento e a transformação ocorram”, disse.

 

Segundo o psicólogo, se o paciente tiver o hábito de cultivar sentimentos negativos, desânimo e pessimismo frente à doença, ela se fortalecerá e nem mesmo a melhor estrutura tecnológica do mundo poderá reverter os efeitos deletérios desse comportamento autodestrutivo em seu organismo.

“Agora, se ao contrário, o paciente entender e aceitar o processo pelo qual ele está passando e, mesmo diante de tumores incuráveis, ele buscar o equilíbrio emocional e brigar por uma sobrevida digna, com mais qualidade de vida, colocando na balança e optando pelo que lhe faz bem, priorizando inclusive os bons pensamentos, ele estará pronto para enfrentar o câncer de forma a potencializar os efeitos da medicação”, ponderou.

No encerramento, a oncologista Mary da Silva Thereza, diretora do CECAN, falou sobre a importância da iniciativa, que atinge pacientes, familiares e acompanhantes, promovendo a disseminação do conhecimento para a consolidação de atitudes prevencionistas.

“É preciso falar sobre o câncer; mostrar que ele é altamente incidente, mas que ele tem cura quando o indivíduo mantém os exames de rotina e atua em parceria com os profissionais da saúde, mantendo-se alerta com relação a mudanças que possam ocorrer em seu organismo e fiéis aos tratamentos propostos”, disse.