A força da Enfermagem

No mês em que se comemora o Dia da Enfermagem, 12 de maio, e o Dia do Técnico em Enfermagem, 20 de maio, a gestora e responsável técnica do Departamento de Enfermagem do Cecan (Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba), Andréia Dias Klefenz, fala dos sentimentos e atitudes que movem “os anjos do Cecan” – como são carinhosamente chamadas as enfermeiras da Unidade.

Para ela, ser enfermeira é um privilégio. “Sobretudo, quando se tem a oportunidade de conviver e cuidar do ser humano em sua essência, acolhendo-o em momentos de autêntica vulnerabilidade; em que ele se apresenta como verdadeiramente é, compartilhando sonhos, medos e fragilidades”.

Segundo ela, isso ocorre porque o processo de adoecimento e enfrentamento do câncer desnuda o ser humano, levando-o a refletir e a repensar conceitos e valores. “Isso ajuda a deixar a pessoa mais leve e disposta a enfrentar qualquer coisa; inclusive o câncer”, disse Andréia.

O amor pela profissão é tanto que, para ela, ser enfermeira é atender ao “chamado” para exercitar um propósito de vida. “Sinto que nasci para estar exatamente onde estou para que, juntos, possamos nos dedicar à arte de cuidar, levando conforto e esperança para fazer a diferença na vida das pessoas”, confidenciou.

Ela revela que, atualmente, a equipe de enfermagem do Cecan reúne onze profissionais, entre responsável técnica, coordenadora, supervisoras, enfermeiras assistenciais e técnicas de enfermagem; a maioria com pelo menos 10 anos de casa.

”O relacionamento entre a equipe é muito harmonioso, pois estamos sempre nos lembrando que somos uma família e que precisamos entender o nosso papel dentro da equipe e a importância de cada um de nós para os demais”, alertou Andréia.

Ela revela que, certamente por isso, a atuação desses anjos vai além das atividades assistenciais de rotina. “A gente aprende a ser também um bom ouvinte e às vezes somos a voz que vai incentivar; reforçar o apoio e a coragem para que o paciente possa enfrentar o tratamento com dignidade, conforto e segurança; mesmo que não haja possibilidade de cura”, conta.

Os oncologistas André Moraes, Fernando Medina e Mary da Silva Thereza, diretores do Cecan, revelam que a enfermagem é a equipe que mais tempo permanece com o paciente; sendo muitas vezes a primeira a identificar os efeitos indesejáveis do tratamento. “O corpo de enfermagem do Cecan é seleto, bem treinado, dinâmico, envolvido e comprometido com o tratamento focado no paciente”, consideram.

Segundo eles, essa atuação só é possível porque a equipe é extremamente qualificada, conhece e domina profundamente os cuidados de enfermagem, mantendo o ambiente próspero do ponto de vista assistencial, e acolhedor sob a ótica da humanização. “Elas são vitais à assistência”, consideram.