Cecan

24 de maio - Dia do Digitador

Digitando, ela registra a vida dos pacientes

Atenção redobrada, ouvidos apurados e muita concentração. Sem esses “ingredientes” seria impossível à digitadora Geysa Maria Pandolpho Silva, 33, transcrever as informações contidas nos gravadores digitais utilizados por médicos e enfermeiras para registrar com riqueza de detalhes os processos e evoluções dos pacientes em tratamento no CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba.

“Com a inserção dos dados no prontuário eletrônico, a equipe tem disponível a trajetória de cada pessoa que faz tratamento de câncer desde o primeiro dia”, explica Geysa, evidenciando a importância de um trabalho com o qual ela se identifica. “Gosto de computadores, de pessoas e tecnologia e, por isso, me identifico com a digitação e com minhas atividades no CECAN”, diz. 

Ela atualiza diariamente cerca de 50 prontuários eletrônicos e revela que, digitando a “vida” dos pacientes – que ela conhece pelos nomes, é possível acompanhar a história de cada um; mesmo que ela nunca os veja. “Dependendo das informações que estou digitando e inserindo no prontuário, meu coração explode de alegria ou fica apertado, porque quero que todos fiquem bem”, conta.

São informações sigilosas; acessadas apenas pelos profissionais envolvidos na assistência e que se utilizam dos prontuários eletrônicos para checar dados e procedimentos já realizados. “A garantia da confidencialidade é necessária porque fortalece o vínculo profissional-paciente, favorecendo a adesão ao tratamento e a tomada de decisões mais autônomas”, disse Geysa.

Segundo ela, à medida em que aumenta o nível de responsabilidade e o conhecimento sobre os pacientes e seus processos de assistência, cresce também o respeito e a admiração pelo trabalho desenvolvido diariamente pela equipe multiprofissional da Unidade. “Sou feliz, aqui”, conta a digitadora que, com apoio do CECAN, cursa Radiologia à noite e já se prepara para estagiar na área.