Cecan

12.06 - Dia dos Namorados

A importância do amor na luta contra câncer

O CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba aproveita o 12 de junho, Dia dos Namorados, para reverenciar o amor e refletir sobre como este sentimento pode ser importante, e quase sempre crucial, também na luta contra o câncer.

“Quando a gente ama e se sente amado, a gente se sente mais forte e protegido”, disse o oncologista Fernando Medina, diretor do CECAN. Segundo ele, quando vibramos na frequência do amor, essa sensação positiva é ‘decodificada’ pelo cérebro humano e emitida para todo o corpo em forma de energia e bem-estar que proporcionam maior vitalidade ao organismo.

“O impacto positivo do amor é fundamental a todos; sobretudo, ao paciente portador de câncer, porque ajuda no controle emocional com benefícios diretos ao tratamento convencional, à base de quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e cirurgia, a depender do caso”, disse.

Para ele o amor é uma ferramenta poderosíssima, que alimenta ações e reações capazes de desencadear uma série de impulsos que, quando bem direcionados, concedem mais amplitudes a sentimentos como bondade, solidariedade, esperança e fé. “Isso faz toda a diferença na vida das pessoas”, disse Medina. 

Quem também acredita no amor e vai comemorar o Dia dos Namorados é o casal Waldir Pedro Mutti, 68, e Maria Madalena Alves da Silva, 46. Eles frequentam o CECAN há dois anos e meio, quando Waldir foi diagnosticado com câncer de estômago e precisou se submeter a sessões de quimioterapia.

“São sessões quinzenais, com duração de quatro a cinco horas no CECAN e outras 43 horas de medicamento infundido em casa”, disse Waldir, que nunca foi a uma sessão sozinho. “Ela está comigo 24 horas”, disse, referindo-se à esposa.

Waldir revela que o tratamento causa alguns desconfortos como dores abdominais, nas costas e falta de apetite. “A dor a gente alivia com analgésicos; difícil mesmo é curar a dor da alma”, disse, lembrando que tem superado tudo isso com muito amor.

“Somos companheiros de alma e eu sou grato por isso, porque a solidão, principalmente de madrugada, quando as dores voltam, é uma das piores coisas para o paciente com câncer. Mas quando você se lembra que não está só, a presença do seu amor te conforta e alivia qualquer dor”, disse Waldir.

Maria Madalena, que abriu mão do trabalho para se dedicar à causa que ela define como sua missão de vida, acredita que, se o esposo estivesse só nesses momento de sua vida, ele não teria sobrevivido. “Mas o amor é o remédio para todas as feridas e, juntos, a gente lembra que ainda temos sonhos e objetivos e, dessa forma, pensamos em viver, tirando o foco da doença”, disse.

O astral é tão bom que, em muitas ocasiões, o casal ia para as sessões de quimio com as malas prontas para a viagem que fariam depois, para a praia. “Quando as sessões ocorrem às sextas, a gente aproveita para dar uma escapadinha e visitar os amigos no Baile dos Saudosistas”, contou, evidenciando a importância do amor e de um na vida do outro.