Festa Junina leva emoção ao CECAN

O médico oncologista Fernando Medina revela que a direção do CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba recebe com satisfação a iniciativa dos funcionários, que se movimentaram para arrecadar recursos e organizar mais uma edição da Festa Junina que a Unidade direciona anualmente para os pacientes.

“Eles demonstram na prática que amam o que fazem e que verdadeiramente se preocupam com os nossos pacientes, dedicando-se a eles com gentileza, empatia e comprometimento”, disse Medina.

A movimentação aconteceu durante a manhã desta sexta-feira, 28, envolvendo médicos, pacientes, familiares, acompanhantes e funcionários em um clima de alegria e descontração que contagiou o ambiente, deixando todos mais animados e felizes. “Era perceptível, bastava estar lá e observar o semblante das pessoas”, disse Medina.

Ele relata que, quando chegou ao trabalho observou os pacientes sentados, alguns obviamente entristecidos devido à terapêutica agressiva do câncer. “Mas, depois que a festa começou, com suas músicas típicas, quadrilha de funcionários e uma gigantesca barraca com comidas típicas, houve uma alegria geral”, conta o oncologista.

Segundo ele, ao manter o espírito de alegria e felicidade, o CECAN ajuda a proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes.

Opinião semelhante tem a paciente Cassilda Leite Ramalhão. Aos 77 anos, ela descobriu um câncer de intestino e, há seis meses, submete-se a tratamento no CECAN. “Essa será minha última quimioterapia”, disse emocionada e feliz com a festa junina.

“Aqui encontrei pessoas amigas, principalmente as que cuidam da gente; e as festas que eles preparam, como a de hoje, são muito gratificantes porque a maioria das pessoas está triste com a sua doença e seus problemas e este tipo de atividade levanta o astral da gente”, disse.

O filho de D. Cassilda, Carlos Ramalhão, de 53 anos, que a acompanhava, também gostou da experiência. “Chegando aqui, perguntei pra mim mesmo: será que é uma festa?”, ele disse, mostrando-se animado quando percebeu que, de fato, era mesmo uma festa que acontecia na unidade de tratamento do câncer. “Vou ser sincero: isso dá ânimo na gente”, contou.

Para ele, o tratamento não pode se limitar à parte química. “Tem que ter parceria, felicidade, acolhimento e amor; e a gente encontra isso aqui”, revelou.