Cecan

Dia do Cardiologista

Ele é fundamental no atendimento ao paciente com câncer

Na data em que se comemora o Dia do Cardiologista, 14 de agosto, o oncologista Fernando Medina, do CECAN/Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba, lembra que este profissional é fundamental também à equipe multidisciplinar de atendimento ao paciente com câncer.

Segundo ele, cerca de 25% dos pacientes tratados com drogas quimioterápicas e imunoterápicas apresentam algum tipo de distúrbio cardiológico; de forma que não é admissível iniciar o tratamento oncológico sem a precisa avaliação de um cardiologista. “É ele quem vai atuar para que essas complicações sejam menos frequentes”, disse.

O oncologista lembra que os tumores no coração são raros. A baixa incidência se deve ao tecido muscular do órgão. “As células do coração encerram o ciclo de divisão muito cedo e, sem divisão celular, é quase zero a chance de haver a multiplicação desordenada de células que caracteriza o câncer”, explica.

Ele revela que o câncer no coração representa cerca de 0,05% do total das neoplasias, no caso dos tumores primários, que se originam no próprio coração; e correspondem de 1% a 2% dos casos de câncer quando ocorrem por metástase. “Entretanto, em 75% dos casos, são doenças benignas que não causam metástase”, disse.

Os sintomas podem se apresentar em forma de estenose (estreitamento anormal das valvas do coração), embolia (obstrução de uma artéria do pulmão), arritmia (presença de batimentos cardíacos anormais) e até mesmo parada cardíaca

“Como os sintomas assemelham-se muito aos de outras cardiopatias, o diagnóstico do câncer no coração se torna ainda mais difícil pela inexistência de suspeita inicial”, disse Medina. Segundo ele, exames como o ecocardiograma, tomografia computadorizada do tórax e ressonância nuclear magnética do coração podem auxiliar na detecção da doença, geralmente tratável por cirurgia.