Cecan

Elas concedem retaguarda à assistência oncológica

No Dia da Secretária, equipe recebe o reconhecimento e os cumprimentos do CECAN

Louruana Cristina da Silva Rodrigues (36), Lúcia Cristina Breviglieri (50), Patrícia de Cássia Araújo (42) e Rosimeire Cristina de Lima (38) integram o time de secretárias que, todos os dias, ajudam o CECAN (Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba) a acolher e direcionar mais de cem pacientes para tratamento oncológico na Unidade.

Amparadas por uma rotina que começa às 7 da manhã e se estende até as 18 horas, elas mantêm contato com praticamente todos os pacientes ao ajudar a recepcioná-los e a encaminhá-los para verificação da pressão arterial, peso e altura antes da consulta médica ou das sessões de quimioterapia e radioterapia.

“São etapas importantes porque fornecem informações necessárias para o cálculo exato da rádio e dosagem quimioterápica de acordo com o limite pré-estabelecido pelos médicos”, explicam. Segundo elas, quando o paciente está acima ou abaixo desses números, a nutricionista é acionada pela equipe médica.

Apesar de funções semelhantes, elas têm demandas bem específicas. Compete à secretária Louruana, por exemplo, conceder apoio ao Departamento de Enfermagem do CECAN para auxílio às ações relacionadas a questões burocráticas, agendamento e atendimento dos pacientes em sala, lançamento dos gastos desses pacientes, encaminhamento das prescrições médicas à enfermagem, controle de estoque e rastreabilidade de todo material utilizado pelo Setor.

A atuação da funcionária Rosimeire Lima, secretária da Unidade de Radioterapia, também é essencial. Além dos agendamentos para as sessões de rádio, considerando a permanência do paciente dentro do equipamento, ela cuida dos encaminhamentos necessários à liberação das tomografias de planejamento, concede assessoria aos médicos atendendo as necessidade de trabalho da equipe, atua como elo de ligação entre o médico e o paciente e cuida das agendas para que os atendimentos ocorram.

Já as secretárias Lúcia Breviglieri e Patrícia Araújo atuam de maneira mais específica junto à Sala Médica, secretariando a equipe da Unidade de Oncologia Clínica. Elas mantêm contato com os pacientes, encaminham solicitações de internação, acompanham a liberação de tratamentos junto ao Faturamento, lançam essas liberações no sistema, organizam o pré-atendimento e encaminham o paciente para consulta médica dentro do consultório após o contato inicial com as recepcionistas. Também fazem a entrega de receitas médicas e exames e organizam as agendas médicas, cuidando a rotina assistencial da Unidade.

“São ações imprescindíveis que acabam envolvendo e interligando todo os departamentos, a exemplo do Faturamento, Farmácia, Sala Médica e unidades de tratamento”, disse a Enfª Andréia Dias Klefenz, gestora administrativa do CECAN.

Ela revela a importância da agilidade, do dinamismo e da visão proativa das secretárias para que os processos técnicos e todos os procedimentos sejam gerenciados com excelência e ocorram de forma linear e tranqüila. “O dia flui a partir do direcionamento do trabalho das secretárias, cujo perfil organizador e humano gera excelentes resultados à Unidade e promove empatia junto ao paciente”, disse.

Apesar das inúmeras atividades, Louruana, Lúcia, Patrícia e Rosimeire revelam que a humanização é a base do trabalho que elas desempenham com amor e gratidão. “A gente aprende a acolher o paciente com câncer ouvindo o que ele tem a dizer, seja para tirar dúvidas com relação à assistência ou para se acalmar e recuperar forças nos momentos mais difíceis, em que alguns sintomas podem causar dor, medo, angústia e desconforto e exigir inclusive a intervenção da psicóloga”, disseram.

Segundo elas, a experiência diária de secretariar no CECAN se converte em solidariedade e gratidão porque leva à reflexão do que realmente importa quando a vida pode estar por um fio. “A gente ouve e acompanha tantas histórias de medo e angústia que depois se converte em fé e superação, que aprendemos a estabelecer um filtro e a dar mais valor às coisas e aos bons sentimentos”, explicam.

A força, segundo as secretárias, vem de outro exercício diário: colocar-se no lugar do outro para melhor compreensão dos processos e sentimentos envolvidos na assistência oncológica. “Nosso melhor e mais importante papel é transmitir segurança ao paciente e a certeza de que todos estão ali, trabalhando para que tudo dê certo”, revelam.