Com a proposta de reforçar o discurso preventivo e falar sobre a importância da prevenção do câncer de mama a um número cada vez maior de pessoas, o oncologista Fernando Medina, diretor do CECAN, visitou empresas de Piracicaba durante o Outubro Rosa.

Ele falou a centenas de funcionários da distribuidora de bebidas AMBEV e à Unidades da cooperativa de crédito Sicoob Cocre nos dias 15, 18 e 22 de outubro. “Em novembro, o foco será para o câncer de próstata”, disse o oncologista

A iniciativa integra o programa “Quem Procura, Cura”, implantado pelo CECAN para que informações se transformem em conhecimento e se convertam em mudanças de hábitos, reduzindo a exposição a riscos para a doença.

“Geralmente, a prevenção atua sobre os fatores de risco modificáveis; portanto envolve mudanças de hábito como evitar o consumo excessivo de álcool, não fumar, praticar atividades físicas, ter uma alimentação saudável e evitar exposição aos riscos ambientais”, disse Medina.

Segundo ele, tanto a prevenção e quanto a detecção precoce do câncer são essenciais para reduzir o índice de mortalidade da doença. “O câncer de mama ocorre devido à multiplicação anormal de células da mama, formando um tumor”, explicou Medina, lembrando que esse comportamento das células é provocado por alteração genética (o que ocorre apenas em cerca de 10% dos casos) ou espontânea (provocada ao longo da vida).

“Não há uma explicação precisão para o surgimento da doença por alteração genética espontânea; mas sabemos que existem fatores de riscos modificáveis e não modificáveis relacionados ao câncer de mama”, disse.

Segundo o oncologista, entre os fatores de risco não modificáveis, em especial para as mulheres com idade acima dos 35 anos, estão a menstruação precoce, primeira gravidez após os 30 anos, não ter filhos, menopausa depois dos 50 anos e histórico familiar.

“Estes fatores são potencializados quando a mulher se expões a fatores de risco modificáveis, como o tabagismo o consumo de álcool; sedentarismo e a obesidade”, disse Medina. Ele lembra que existem também os fatores ambientais, como uso de estrógenos, exposição à radiação ionizante ou ultravioleta, além de contato com certos produtos químicos e agentes infecciosos.

Medina revela que, juntas, essas ações diminuem significativamente as chances de uma pessoa desenvolver câncer de mama. “Ainda assim, existe a possibilidade, embora reduzida, do câncer de mama se manifestar nessas condições”, disse.

Porém, como nem sempre é possível evitar completamente o surgimento da doença, é importante aliar prevenção à detecção precoce do câncer de mama. “A detecção precoce consiste na realização de exames para garantir que a doença seja detectada o mais rápido possível, em sua fase inicial; quando as chances de cura são de até 90%”, explicou o oncologista.

Para isso, manter os exames em dia faz toda a diferença e a mulher deve fazer a mamografia de rastreamento anualmente entre os 40 e 69 anos. Consultas ginecológicas através do exame clínico (palpação da mama pelo profissional de saúde) e exames de imagem solicitados pelo médico também são fundamentais.