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Como manter uma boa autoestima após o câncer de mama?

Durante a palestra que proferiram na manhã do último dia 18 de outubro para falar a pacientes do CECAN sobre “Como manter uma boa autoestima após o câncer de mama”, a psicóloga Vera Lúcia Rezende e o cirurgião oncológico André Perdicaris elegeram a informação como a arma mais poderosa contra o câncer e seus malefícios.

“A informação é um dos principais pilares que se tem em relação à doença”, disse Perdicaris, referindo-se à transparência da informação e à busca do conhecimento que, segundo ele, ajudam a estabelecer atitudes positivas em relação ao câncer, proporcionando um novo rumo no patamar da cura e do controle da doença.

“Isso beneficia não só paciente oncológico, mas todos os atores que giram em torno dele, a exemplo dos médicos, assistentes, cuidadores, familiares, amigos e principalmente a sociedade, que vai buscar na informação a capacidade de gerenciar suas próprias condutas”, disse o cirurgião.

Ele revela que, quando o paciente busca reduzir os riscos e aumentar os fatores de proteção em relação à doença ao evitar o tabagismo e bebidas alcoólicas em excesso, fazer exercícios físicos regulares e manter o peso adequado, ele estabelece novos princípios e traça novos desafios em busca não apenas da sobrevida, mas principalmente da qualidade de vida.

“As atitudes positivas ou negativas dependem de cada um de nós, assim como os rumos traçados para preservar a nossa autoestima e a nossa imagem frente a uma doença que nos desafia”.

Para a psicóloga Vera Lúcia, descobrir que tem uma doença como o câncer produz uma desorganização inicial que coloca o paciente em uma encruzilhada, em que ele vislumbra vários caminhos. “É um momento intenso que, com o tempo se atenua, a depender das escolhas e da atitude diante desse adoecer”, disse.

Segundo ela, nós não escolhemos ficar doentes, mas podemos escolher ter atitudes mais positivas. “Podemos escolher ser felizes e continuar lutando pelos nossos projetos, e isso vai fazer uma grande diferença, inclusive para a autoestima e para o auto-respeito ”, afirmou.

“Ao se respeitar, a pessoa resgata o que é realmente importante; seu valores e coerência com o que ela é, estabelecendo sua essência e a capacidade de manter a autoestima”, disse.

Confira as entrevistas completas: