A necessidade de combater o câncer de próstata, o segundo mais recorrente no homem, levou o CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba a estabelecer uma programação ampla para abordar o tema junto a seus pacientes durante todo o mês, em reforço ao Novembro Azul.

A abertura ocorreu na manhã desta terça-feira, 03, quando o médico oncologista Fernando Medina, diretor da Unidade, falou sobre “Prevenção, diagnóstico e tratamento” da doença.

A programação prossegue no dia 18, às 8h30, com palestra proferida pela psicóloga do CECAN, Pedrilha de Goes Baggi, que falará sobre “Ansiedade e Depressão”. No dia 24, às 9 horas, a nutricionista Danieli Voltani dará dicas sobre “Alimentos que ajudam na prevenção e no combate ao câncer de próstata”. Encerrando a programação no dia 30, às 8h30, palestra com o médico oncologista André Moraes, diretor da Unidade que falará sobre o “Câncer de próstata e suas consequências”.

“O Brasil vai encerrar 2020 com 65.840 novos casos de câncer de próstata registrados ao longo do ano; sendo que 15% deles em média, vão a óbito devido ao estágio avançado da doença”, alertou Fernando Medina.

O oncologista lembra que o câncer de próstata fica atrás apenas do câncer de pele não-melanoma e que a idade, assim como os fatores genéticos, hábitos alimentares, estilo de vida, peso corporal e exposição a determinados agentes químicos, ampliam as chances de desenvolver a doença.

“A idade é um fator de risco importante, uma vez que a incidência e a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos”, disse Medina. Ele chama a atenção também para o excesso de gordura corporal, que aumenta o risco de câncer de próstata avançado; e para exposições a aminas aromáticas, comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação; arsênio, usado como conservante de madeira e como agrotóxico; produtos à base de petróleo, fuligem e dioxinas, entre outros.

“Precisamos reforçar o discurso de que a medicina está avançada e que, sim, o câncer tem cura quando diagnosticado no início”, considerou Medina. Segundo ele, o diagnóstico precoce possibilita melhores resultados no tratamento e os homens devem prestar atenção em sinais como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e sangue na urina.

Se a doença atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos, o tratamento se dá por meio da cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante em algumas situações especiais. Para doença localmente avançada, são utilizados radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal e, para doença com metástase, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

“A escolha do tratamento mais adequado, entretanto, é individualizada e definida pelo médico e paciente depois de avaliar os riscos e benefícios de cada um”, disse Medina.