O CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba recebeu 36 almofadas do coração para serem distribuídas entre mulheres que, devido ao tratamento do câncer, sofreram a retirada total ou parcial da mama.

A iniciativa partiu da empresária Lorenna Moraes de Bastos, 43, em tratamento desde outubro de 2020. Ela conta que ganhou as almofadas da voluntária Zali de Andrade, que confecciona os artefatos em Minas Gerais e os distribui entre hospitais de várias partes do país.

“Por intermédio da Fabiana dos Santos, uma amiga em comum, a Zali me enviou as almofadas para que eu pudesse compartilhar com outras mulheres mastectomizadas”, disse Lorenna em tom de agradecimento. Ela exaltou também o apoio que recebeu de amigos de Goiânia/Goiás, sua terra natal. “Eles contribuíram com valor financeiro para aquisição do material necessário à confecção das almofadas”, contou.

Segundo Lorenna, a utilização da almofada proporciona mais conforto às pacientes, pois seu formato (em forma de coração) facilita o descanso do braço após o processo cirúrgico. “O material é projetado para aliviar a dor da incisão cirúrgica, reduzir o inchaço linfático provocado pela cirurgia e diminuir a tensão nos ombros ao ser utilizada como apoio para os braços”, explica.

Ela revela que, para que a almofada ofereça todos os benefícios propostos, existem normativas que devem ser seguidas. “Cada almofada é cuidadosamente preparada com base em moldes específicos que garantem sua confecção em forma de coração, com tecido tricoline 100% algodão e 150 gramas de enchimento com manta siliconada”, disse Lorenna.

Ao agradecer a iniciativa, a psicóloga do CECAN, Pedrilha de Goes Baggi, exaltou a grandiosidade do gesto que, segundo ela, tem o poder de gerar inúmeros benefícios às mulheres que passam pela cirurgia. “As almofadas de coração não apenas ajudam a aliviar as dores nesta fase; elas também proporcionam às pacientes a certeza de que elas não estão sós nesta luta”, considerou.

Pedrilha lembra que esta  não é a primeira vez que Lorenna atua em benefício das pacientes em tratamento. Proprietária da Fast Açaí, ela doou 60 unidades de copinhos de açaí e cupuaçu ajudando o CECAN a comemorar o Dia Internacional da Mulher, no último dia 8 de março. “São ações simples que fazem a diferença na vida das pessoas”, considerou a psicóloga.