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CECAN alerta para altos índices de câncer de pulmão

Doença acomete mais de 2 milhões de pessoas todos os anos

Agosto é o mês de conscientização sobre câncer de pulmão e o CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba chama a atenção para esse tipo de neoplasia, cuja incidência global ultrapassa os 2 milhões de novos casos por ano, com 1,76 milhão de mortes.

“Falar sobre isso pode ser muito sugestivo e servir de inspiração para quem quer deixar o vício do tabaco”, considerou o oncologista Fernando Medina, diretor do CECAN.

Segundo ele, o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma) e o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. “Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão”, alertou o oncologista.

Ele lembra que o tabagismo é a principal causa do câncer de pulmão, embora outros fatores aumentem a probabilidade para o desenvolvimento da doença, como alterações genéticas e hereditárias e fatores ambientais. “Pelo menos 80% das mortes por câncer de pulmão são causadas pelo fumo e muitas outras são provocadas pela exposição ao fumo passivo”, explicou Medina.

Para prevenir é preciso não fumar, pois os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais riscos de desenvolver câncer de pulmão; realizar exames periódicos de rastreamento em ex-fumantes e pessoas com idade acima de 55 ano e alta carga tabágica; e evitar exposição à agentes químicos e substâncias como radônio, arsênico, cromo, níquel, fuligem e amianto, encontrados principalmente no ambiente de trabalho.

O oncologista ressalta que otabagismo é uma doença que se caracteriza pela dependência de nicotina e está relacionado com aproximadamente 50 enfermidades, dentre vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório e doenças cardiovasculares; além de úlcera do aparelho digestivo, osteoporose, catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa precoce e complicações na gravidez. O tratamento mais eficaz é a cirurgia, havendo ainda a radioterapia e a quimioterapia a depender de cada caso.

Segundo o Instituto Oncoguia, estima-se que, a cada ano no Brasil, cerca de 157 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, uma vez que os fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior que os não fumantes.

Fumantes também têm menor resistência física, menos fôlego e pior desempenho nos esportes e na vida sexual do que os não fumantes. Além disso, envelhecem mais rapidamente e ficam com os dentes amarelados, cabelos opacos, pele enrugada e impregnada pelo odor do fumo.

Importante, portanto, estar atento aos sinais do pulmão, principalmente quem tem histórico da doença na família, tosse persistente, falta de ar, dor no peito, cansaço ou rouquidão. “Nesses casos, procure um médico e peça um diagnóstico”, orientou o oncologista.

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