Pacientes que tratam câncer de mama no CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba puderam acompanhar a exposição detalhada, simples e direta que a fisioterapeuta Cíntia Siscotto Rasera fez sobre “Reabilitação fisioterapêutica no pós-operatório de mulheres com câncer de mama”, na manhã desta terça-feira, 19.

Especialista em Saúde da Mulher e pós-graduada em Geriatria e Gerontologia e em Fisioterapia Cardiorrespiratória, ela falou sobre a importância de as mulheres saberem se cuidar e, de forma mais específica, cuidar do braço após uma cirurgia para retirada do câncer de mama; principalmente em casos de esvaziamento axilar.

“Nesses casos, a mulher precisa redobrar os cuidados e não retirar cutícula da mão daquele braço, substituir o desodorante comum aerossol por uma pasta d’água caseira à base de bicarbonato, evitar exposição solar, retirar sangue e aferir pressão no braço que não operado, cuidado com a realização do manuseio desse braço evitando produtos químicos e panelas quentes sem luvas”, exemplificou a fisioterapeuta.

Ela lembra que o braço pode e deve ser movimentado no pós-operatório, desde que a paciente seja orientada e o movimento seja pequeno. “É possível mexer os dedos, movimentar os punhos e cotovelos, ainda deitada, avisando o braço que será preciso movimentá-lo de forma a gerar estimulo que vai ajudar na circulação dos líquidos que percorrem os vasos linfáticos e melhorar o processo de fibrose, de edema e de dor”, disse.

Segundo Cíntia Rasera, a partir do momento em que a paciente cuida do braço, é possível evitar a formação do linfedema, que é quando o braço incha e não volta mais ao normal, o que pode acontecer até dez anos após a cirurgia. “É preciso ter cuidados permanentes com os dois braços, pois o braço que não operou vai precisar dar conta dele e do outro”, observou a fisioterapeuta, orientando a paciente a conversar com o seu médico, também, sobre o sistema de depilação mais adequado no sentido de evitar lesões no braço.