Fenômeno frequente e importante, a dor é uma sensação de impacto dentro da oncologia porque além do acometimento físico, ela influencia o psíquico, alterando a qualidade de vida e da sobrevida das pessoas que sofrem, sobretudo, com dores crônicas.

Estudos revelam que 1/3 dos pacientes com câncer têm dor quando feito o diagnóstico; metade deles apresentam dor durante o tratamento e 75%, na fase final da doença.

A boa notícia, porém, compartilhada na tarde desta quarta-feira, 31, durante mais uma edição da Reunião Científica promovida pelo CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba, é que o tratamento da dor tem melhorado de “forma espetacular”,  como afirmou o oncologista Fernando Medina, diretor do CECAN.

Anfitrião do encontro, ele recebeu um público composto por médicos e profissionais de enfermagem para acompanhar a explanação que o médico Leonardo Municelli fez sobre “Dor Relacionada ao Câncer”. “Criou-se até a especialidade de tratamentos paliativos em que a abordagem da dor é fundamental”, disse.

Ele lembra que, antigamente, o tratamento da dor era feito de maneira empírica. “Hoje esse processo é desenvolvido com verdadeira disciplina e vigor, tendo os opióides como principais coadjuvantes para que o paciente não tenha dor nem durante, nem após o tratamento”, ressaltou.

A reunião foi presencial e transmitida ao vivo para o COC- Centro de Oncologia Campinas, com o principal objetivo de manter os profissionais sempre atualizados com respeito ao câncer em aspectos relacionados a sintomas, diagnóstico, tratamento, imunoterapia, radioterapia e quimioterapia.

“A oncologia é uma especialidade extensa, o que nos leva a estudar e a aprender  frequentemente por meio de congressos e eventos a exemplo deste, promovido em parceria com a Santa Casa”, considerou Medina, ao agradecer a presença do provedor João Orlando Pavão no encontro.