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CECAN recebe “Coral Tremendas Vozes” da Associação de Parkinson Colibri

Pacientes emocionaram-se com a apresentação musical

Na última segunda-feira, 19, pacientes, acompanhantes, familiares, médicos e funcionários do CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba tiveram uma tarde especial. Muitos acabaram se emocionando com a apresentação do “Coral Tremendas Vozes”, da Associação de Parkinson Colibri, composto por amigos, voluntários e pessoas diagnosticadas com Doença de Parkinson. A regência foi de Hilara Crestana.

A iniciativa partiu do professor Douglas Simões, que já participou da entrega a pacientes do CECAN, de gorros e cachecóis confeccionados por alunos do Colégio CLQ, onde ele é coordenador do projeto Canto do Livro Querer. “Fiquei sensibilizado com os pacientes e encantado com o atendimento dispensado pelos profissionais do CECAN; então, sugeri, como coralista, que o Coral se apresentasse na Unidade”, disse.

A gestora administrativa do CECAN, Andréia Klefenz, enalteceu a presença do Coral e a disposição de seus membros de se apresentarem em uma unidade de tratamento do câncer, em que a música e a solidariedade se apresentam como bálsamos para a alma. “Esta ação complementa o compromisso que temos com a assistência humanizada de forma a proporcionar um ambiente mais tranquilo e acolhedor”, disse.

A presidente da Associação Colibri, Silvia Helena Rigoldi Simões, contou que foi um evento especial. “Vimos pacientes aplaudindo, chorando e sorrindo, em função da emoção e alegria que a música desperta”, disse. Ela também se surpreendeu com a revelação de uma pessoa parkinsoniana, estimulada a participar das atividades da Colibri, associação que ainda não conhecia.

Silvia também ponderou que as apresentações do Coral costumam levantar o astral. Ela acrescentou que “ a primeira música apresentada, o Hino da Colibri, já faz com que as pessoas tenham a oportunidade de redimensionar valores e prioridades”. Os versos “Nós temos vida /tanta pra viver/ nós temos vida/ tanta pra doar” já lembram que , apesar de todos os problemas e limitações, os coralistas usam a solidariedade como instrumento para levar esperança e exemplos de superação para pacientes com outras doenças que vivem situações semelhantes”, ressaltou.
Ela revelou ainda, que além da integração e socialização do grupo, o Coral é uma atividade terapêutica com relação à memória, à respiração e à fonação, já que o canto exercita e ajuda o fortalecimento do aparelho fonatório e, consequentemente, da fala.

Segundo a vice-presidente, Maria Lúcia Pianelli Sant’Anna, a Associação Brasil Parkinson- Núcleo Piracicaba Colibri sobrevive de doações e contribuições espontâneas de associados e da sociedade em geral, beneficiando cerca de 90 parkinsonianos em uma série de atividades para exercitação física e cognitiva e para integração social.

A Associação atua com apoio de serviços voluntários de fisioterapia, fonoaudiologia, consultoria jurídica, oficinas lúdicas, passeios, almoços beneficentes, palestras educativas, participação em pesquisas e canto coral. Conhecida carinhosamente por Colibri, numa associação entre o tremor provocado pela doença e o tremular das asas desse pássaro, é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1992 por um grupo de voluntários com o objetivo de promover o enfrentamento da doença, ainda sem cura.

“Apesar de grave, é possível conviver com esta doença e ter uma qualidade de vida melhor, quando parkinsonianos, familiares, amigos e profissionais de saúde se integram em associações, como a Colibri, e encontram um novo sentido de vida”, afirmou. Lembrou que, como o colibri, parkinsonianos devem, também, encontrar no tremor, estímulos para a superação das limitações e para sua integração social.