Com este recado, o médico oncologista Fernando Medina, diretor do CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba, encerrou a entrevista concedida na manhã desta terça-feira, 11, ao apresentador Lair Braga, da Rádio Difusora de Piracicaba.

Medina falou sobre os 30 anos de funcionamento do CECAN, instituição que segundo ele, começou pequena, em 1992, dentro do antigo prédio do setor de psiquiatria da Santa Casa de Piracicaba e que, hoje, se tornou modelo de assistência oncológica, com mais de 70 funcionários atuando no dia a dia para o bom atendimento à população de Piracicaba região.

Ele conta que o setor de Radioterapia, por exemplo, funciona de maneira bastante vigorosa devido à alta tecnologia empregada nas técnicas de radiocirurgia e  IMRT, em que o  radioterapeuta entrega a quantidade exata de radiação em cima do tumor evitando os tecidos normais e os efeitos colaterais.

“Some-se à tecnologia a equipe de médicos extremamente experientes e o atendimento complementar com apoio psicológico, nutricional e assistência social”, disse o oncologista revelando que o câncer doença traz grandes transtornos para o paciente, amigos e familiares.

“Sabendo disso, o CECAN atua na área da patologia como um todo, mas também na área social, concedendo suporte aos pacientes tendo-se em vista que o câncer envolve a parte física, mental e psicológica”, disse.

Medina chama a atenção para o razoável índice de cura do câncer. “Falta uma atuação mais forte e direcionada do poder público no sentido de levar conhecimento principalmente para as regiões mais periféricas, em que boa parte das pessoas não sabe por exemplo, que a mamografia diminui em dois anos o diagnóstico do câncer de mama; então ela não vai buscar esse recurso”, considerou Medina.

Ele lembrou que, no CECAN, 30% dos casos são de câncer de mama na mulher e 29% de câncer de próstata no homem. “Observem que são as duas doenças de maior incidência na região e que têm cura, tem solução quando diagnosticadas precocemente”, frisou.

Segundo ele, programas de esclarecimento direcionados à população para o diagnóstico precoce  diminuiria o tratamento, bem como todos os transtornos e altos custos do tratamento.