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CECAN debate aplicação da Farmacoeconomia em Oncologia

Profissionais defendem a Farmacoeconomia como ferramenta para reduzir a distância entre o SUS e o privado

O tema foi explanado pelo oncologista clínico Pedro Aguiar Jr, do Grupo Oncoclínicas

Em continuidade a série de reuniões científicas que direciona a seu grupo de médicos, funcionários, parceiros e convidados, o CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba  recebeu na tarde da última quarta-feira, 27, o oncologista clínico Pedro Aguiar Jr, do Grupo Oncoclinicas.

Preceptor da residência de cancerologia da FMABC- Faculdade de Medicina do ABC, ele falou sobre “Atualizações no tratamento de adenocarcinoma de pulmão sem mutação driver + farmacoeconomia em carcinoma” para avaliar os desafios e oportunidades de tratamento do câncer de pulmão.

“O câncer de pulmão é uma doença extremamente frequente em Piracicaba e no Brasil, país que registra mais de  31 mil casos em homens e mulheres”, justificou o oncologista Fernando Medina, diretor do CECAN e coordenador dos Encontros Científicos.

Ele conta que, na Unidade, pelo menos 80% dos casos são tratados pelo Sistema Único de Saúde, que ainda não oferece todo o arsenal terapêutico disponibilizado pela medicina para que o tratamento seja mais moderno e resolutivo, uma vez que a doença é o segundo tipo de câncer mais comum no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

“Daí a importância de se discutir a aplicação da Farmacoeconomia no setor de Oncologia para alertar a todos de que há um custo por trás da assistência e que esse custo precisa ser pago”, disse o oncologista lembrando que “nem sempre o produto mais caro é o melhor”.

Em sua palestra, o oncologista  Pedro Aguiar abordou a Farmacoeconomia de precisão com destaque para  algumas dificuldades práticas que o sistema impem e como é possível  avançar no tratamento do pacientes em cenários cada vez mais desafiadores. “As tecnologias estão chegando, mas o cobertor está cada vez mais curto; então  a gente precisa  discutir como não deixar ninguém descoberto, tendo-se em vista que a questão orçamentária do SUS é complexa e significativa”, considerou.

Segundo Aguiar, apesar da evolução em muitos aspectos da assistência voltada especificamente para o tratamento do câncer de pulmão, ainda há um longo e árduo caminho a ser percorrido. “Para evoluir nessa direção, precisamos reduzir a distância entre o SUS e o privado de forma a diminuir essa injusta desigualdade”, disse ao apontar novas tendências e tecnologias que, segundo ele, devem se associar à farmacoeconomia e fazer parte da rotina assistencial do SUS em benefício sobretudo dos pacientes mais necessitados.