Em alusão ao Dia Internacional Contra o Tabaco, 31 de maio, o CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba manifesta seu apoio ao movimento global que busca unir forças no combate ao tabagismo, uma das maiores ameaças à saúde global que continua ceifando vidas e causando danos irreparáveis.
Segundo o oncologista Fernando Medina (CRM 43.587), diretor da Unidade, ao repercutir o tema junto à sociedade civil organizada, o CECAN renova seu compromisso em educar, conscientizar e apoiar aqueles que desejam se libertar desse vício prejudicial. “Cada pessoa que decide abandonar o tabaco, dá um passo importante para um futuro mais saudável e cheio de vida”, ressaltou.
O oncologista conta que, na prática, a campanha deste ano busca acabar com os subsídios ao cultivo de tabaco e utilizar essas economias para apoiar os agricultores na transição para cultivos de culturas mais sustentáveis, com o conseqüente combate à desertificação e á degradação ambiental.
“Estudos divulgados pela World Health Organization, vinculada à OMS- Organização Mundial de Saúde, revelam claramente que a cultura do tabaco prejudica a nossa saúde, a saúde dos agricultores e a saúde do planeta”, disse Medina.
Ele lembra que, segundo esses estudos, a indústria do tabaco interfere nas tentativas de substituir o cultivo do tabaco, contribuindo para a crise alimentar global, uma vez que o tabaco é cultivado em mais de 124 países, ocupando terras que poderiam ser usadas para cultivos que alimentam milhões de pessoas, reduzindo a insegurança alimentar.
Segundo ele, no link https://www.who.int/campaigns/world-no-tobacco-day/2023, a World Health Organization aponta que mais de 349 milhões de pessoas em 79 países enfrentam insegurança alimentar aguda, muitas delas em países de baixa e média renda, incluindo mais de 30 países no continente africano. Muitos desses países usam grandes áreas de terra fértil para cultivar tabaco em vez de alimentos saudáveis, com resultado econômico negativo devido aos impactos adversos à saúde, ambientais e sociais associados ao cultivo do tabaco.
“Fica cada vez mais evidente que o cultivo do tabaco causa problemas de saúde entre agricultores e trabalhadores agrícolas e perda ambiental irreversível de recursos preciosos, como fontes de água, florestas, plantas e espécies animais”, considerou Fernando Medina, frisando que a produção do tabaco usa muitos pesticidas que podem poluir a água e o ar.