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Vivendo com o câncer de mama: vitórias e desafios

As pessoas têm livre arbítrio e podem escolher enxergar sempre o lado bom da vida

Kátia loureiro falou sobre as inúmeras as dificuldades enfrentadas por mulheres com câncer de mama e deu dicas de como superá-las

Quem convive com o câncer sabe que, após receber o diagnóstico da doença, a vida muda e a agenda passa a incluir consultas médicas, cirurgias e tratamentos. Mas quanto tempo essa nova rotina vai durar, o que fazer até lá, como prosseguir “vivendo com o câncer de mama? ”.

Para responder a esta e a outras perguntas de pacientes em tratamento no CECAN-Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba, a oncologista Kátia Fitas Loureiro proferiu palestra na manhã do último dia 26, desmistificando algumas barreiras construídas em torno do câncer e dos problemas, quando não sabemos como lidar com ele.

“A primeira coisa a fazer para que a mulher supere essa fase é manter-se determinada e ser a protagonista da sua história. Ela também precisa aprender a adquirir conhecimentos sobre si mesma e sobre a doença; compreender e entender o seu diagnóstico; valorizar o tratamento; encarar de frente os problemas e ver como resolvê-los; aceitar ajuda das outras pessoas, fazer planos menores e viver um dia de cada vez”, disse a oncologista.

Ela falou também sobre o impacto da boa alimentação e da atividade física regular no controle da doença. Segundo ela, beber, só com moderação; e fumar, nunca. “O corpo é nosso maior e melhor abrigo; precisamos cuidar dele com muito amor e responsabilidade”, considerou. 

Ela revela que são inúmeras as dificuldades enfrentadas por mulheres com câncer de mama. Geralmente, elas passam pelo estigma que ainda paira sobre a doença, pelo confronto com a própria finitude, pelo abalo na autoestima e pela complexidade do tratamento com riscos e efeitos colaterais. “Neste cenário, o diálogo é uma ótima ferramenta no apoio emocional”, disse Kátia Loureiro, ao lembrar que também é importante abrir-se com entes queridos, buscar novas atividades, esperar e aceitar os dias ruins, voltar a trabalhar, exercitar-se, fazer uma lista dos medos, controlar a saúde e dividir suas experiências. 

Ela referiu-se à história do copo com metade de água e lembrou que, segundo nossa visão e valores, este copo vai apresentar-se “meio cheio” ou “meio vazio”. “Como você prefere enxerga-lo”, perguntou a oncologista, lembrando que as coisas dependem do olhar que lançamos para elas; que os momentos e situações têm a importância que damos a eles. 

“O que é importante para você neste momento”, questionou Kátia Loureiro, evidenciando que as pessoas têm o livre arbítrio para escolher enxergar sempre o lado bom da vida. Lembre-se; tudo tem dois lados; escolha o que te faz feliz”, disse.