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CECAN fala a pacientes sobre o câncer de boca

Iniciativa leva conhecimento como forma de prevenção da doença

Palestras são proferidas na recepção da Unidade, abordando pacientes, acompanhantes e familiares

Com foco na prevenção, o CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba direcionou palestra a pacientes em tratamento, na manhã do último dia 25 de abril, para abordar aspectos relacionados ao câncer de boca.

O tema foi abordado pela médica Letícia de Franceschi, especialista em cirurgia geral e em cirurgia de cabeça e pescoço, que falou sobre “O que precisamos saber sobre o câncer de boca”; e pela fonoaudióloga Alina Gusman Matricardi que abordou a “Atuação da fonoaudiologia no câncer de boca”.

Segundo a nutricionista Pedrita Morato Scarazatti Soave, da Comissão de Eventos do CECAN, conta que a proposta é transformar o ambiente oncológico e mostrar aos pacientes a importância do conhecimento no processo de prevenção, tratamento e acompanhamento do câncer.

Elas explicam que o câncer de boca, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno que atinge a estrutura bucal (gengivas, bochechas, palato e a língua). Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que o Câncer Bucal é mais comum em homens com idade acima dos 40 anos e que, somente no último triênio, 11.180 novos casos da doença foram detectados em homens e 4.010 em mulheres.

Como sintomas, a doença, considerada silenciosa, apresenta lesões na cavidade oral ou nos lábios, que não cicatrizam por mais de 15 dias e podem apresentar sangramento ou crescimento; manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas; nódulos no pescoço; e rouquidão persistente. Nos casos mais avançados, observa-se dificuldade de mastigar e de engolir; dificuldade na fala; sensação de que há algo preso na garganta; e dificuldade para movimentar a língua. “Por isso, a consulta com o cirurgião-dentista a cada seis meses é o ideal para sua avaliação e prevenção”, disseram.

 “Abstenção de fumo e bebidas alcoólicas, dieta rica em alimentos saudáveis e boa higiene oral diminuem as chances de desenvolver a maioria das doenças malignas, inclusive os tumores na boca, que são os tipos de câncer de cabeça e pescoço mais comuns no Brasil”, disseram as profissionais.

Segundo elas, na maioria das vezes o tratamento é cirúrgico e consiste na retirada da área afetada pelo tumor, associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução, quando necessário. Em casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é preciso realizar radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo.

O alerta é para o diagnóstico precoce, principal fator de tratamento da doença com até 95% de chance de cura em estágio inicial. “Quando o paciente apresenta alguma sintomatologia como dor ou dificuldade de mover a língua, que são dores mais avançadas, a chance de cura cai para 45%”, alertam.