O oncologista clínico Daniel Modolo foi mais um participante da Campanha Novembro Azul, organizada pelo CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba para falar sobre prevenção, identificação precoce e tratamento do câncer, de forma a desmistificar diversos aspectos da doença. “O primeiro deles é que o câncer tem cura e que a doença, portanto, não é uma sentença de morte como muitos julgam”, disse o médico.

Com esta perspectiva, ele falou a familiares, acompanhantes e pacientes em tratamento na manhã do último dia 18, trazendo aspectos relevantes sobre o “Rastreamento do câncer de próstata”.

Ele explicou que o rastreamento da doença ocorre por meio de parâmetros clínicos ou laboratoriais para a identificação de pacientes com risco de desenvolver a doença de forma mais agressiva. “Fatores como a idade, a raça e histórico familiar da doença são ocorrências importantes que aumentam a propensão para o câncer de próstata”, ressaltou o oncologista.

Segundo ele, na maioria das vezes, a recomendação médica é que o acompanhamento seja feito a partir dos 50 anos, aumentando as chances de detecção precoce e aumentando a eficiência do tratamento. “Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma lenta, podendo levar muitos anos até se tornarem clinicamente relevantes e causarem sintomas”, disse.

Segundo ele, o câncer de próstata é uma doença extremamente comum, mas que tem um percentual alto de chance de cura, de mais de 90%, caso seja detectado no início. Para confirmar a doença, é preciso retirar pedaços muito pequenos da próstata e submetê-los uma análise anátomo-patológica. “É esse exame que vai confirmar se as alterações apontadas no exame de PSA ou no toque retal são decorrentes de câncer”, explicou Daniel Modolo, lembrando que a investigação do câncer de próstata começa pelo exame de toque retal e pelo exame Antígeno Prostático Específico, o PSA. “Só depois, então, a biópsia é solicitada”, esclarece.

Ele alerta, entretanto, que, além do câncer de próstata, é essencial abordar junto ao paciente e seus familiares temas variados relacionados à saúde do homem. “É preciso conscientizar e orientar sobre a necessidade de mudança de estilo de vida, cessação de tabagismo, redução do consumo de açúcar e alimentos industrializados, estímulo à perda de peso no combate à obesidade e sobrepeso, com a prática regular de exercícios físicos”, orientou.