O câncer de vesícula biliar tem uma taxa de sobrevivência em torno de 18%, sendo o segundo mais letal dentre os mais de 100 tipos de tumores cangerígenos. Perde apenas para o câncer de pâncreas, cuja taxa de sobrevida é de 10%. A eles, seguem-se os cânceres de esôfago, fígado, pulmão e cérebro, de acordo com estudo do Global Cancer Observatory e da International Agency for Research on Cancer.

“A sobrevivência por cinco anos em média, após o diagnóstico é considerada o indicador de letalidade da doença”, disse o oncologista Fernando Medina, diretor do CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba, ressaltando a importância das ações vinculadas ao Fevereiro Verde, mês de combate e prevenção ao câncer de vesícula biliar.

Ele ressalta que o câncer na vesícula, geralmente causado por cálculos biliares, é um tipo incomum de neoplasia que acomete principalmente indivíduos acima dos 60 anos de idade e muitas vezes não apresenta sintomas. “A presença de icterícia (pele e olhos amarelos), prurido (coceira), colúria (urina escura) e acolia fecal (fezes claras), bem como dor abdominal, emagrecimento e aumento do volume abdominal, frequentemente são sinais de doença avançada”, revela o oncologista. ​

O diagnóstico da doença  é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e, em alguns casos, biópsia para confirmação do diagnóstico.

Ele explica que, como a vesícula armazena a bile produzida pelo fígado para a digestão das gorduras, depois da cirurgia, essa  substância passa a ser liberada diretamente no intestino delgado. “Felizmente, é possível viver plenamente sem a vesícula biliar, pois o corpo é capaz de se adaptar e compensar sua ausência”, disse.

Como formas importantes de reduzir as chances de desenvolver câncer de vesícula biliar, Fernando Medina aponta a manutenção de um peso saudável, manter-se fisicamente ativo, ter uma dieta saudável e evitar o consumo de álcool.