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Maio Verde: mês de conscientização sobre o câncer de ovário

Trata-se da segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero

O CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba ressalta a importância do conhecimento e lembra que, neste 8 de maio, Dia Mundial do Câncer de Ovário, a conscientização sobre a doença é crucial para o diagnóstico precoce e, consequentemente, para um tratamento mais eficaz. “Por isso, a data configura-se em evento global dedicado a disseminar informações sobre a doença”, disse a oncologista Mary Thereza da Silva, diretora do CECAN.

Ela lembra que o tumor é muitas vezes diagnosticado em estágios avançados, devido à falta de sintomas visíveis, e que a conscientização ajuda a identificar sinais e sintomas que podem indicar a doença, aumentando as chances de diagnóstico precoce. “Isso porque o tratamento do câncer de ovário é mais eficaz quando a doença é diagnosticada precocemente, o que significa que o paciente tem uma melhor chance de cura e uma maior sobrevida”, explica.

Segundo ela, na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos, mas, à medida que o tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náusea, indigestão, gases, prisão de ventre, diarreia, falta de apetite, desejo de urinar com mais frequência, cansaço constante e/ou massa palpável no abdome.

A oncologista revela que, embora não exista um método de rastreamento eficaz para o câncer de ovário, conhecer e atentar-se aos fatores de risco e manter hábitos de vida saudáveis pode ajudar a prevenir a doença e a reduzir a mortalidade.

Mary Thereza conta que o câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero. De acordo com a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (FEBRASGO), esta neoplasia é classificada como o sétimo tipo mais comum e representa a nona causa de morte por câncer entre mulheres em todo o mundo. “Até 2025, mais de 7 mil novos casos da doença serão diagnosticados a cada ano”, salienta a oncologista.

Outro alerta é que a incidência do câncer de ovário aumenta com a idade e o risco de desenvolver a doença é maior em mulheres com infertilidade e menor naquelas que tomam contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) ou que tiveram vários filhos. “Por outro lado, mulheres que nunca tiveram filhos parecem ter risco aumentado para câncer de ovário”, observa Mary Thereza.

Segundo ela, mulheres com a primeira menstruação precoce, antes dos 12 anos, e idade tardia na menopausa, após os 52 anos, podem aumentar as chances de câncer de ovário; assim como história familiar de cânceres de ovário, colorretal e de mama. Fatores genéticos, excesso de gordura corporal e exposição frequente a amianto ou a raios X e gama também aumentam o risco de desenvolvimento da doença, que pode ser tratada com cirurgia ou quimioterapia.

“Cuidar da alimentação, praticar atividades físicas regularmente, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de buscar acompanhamento médico regular, são as melhores armas que temos para defender nossa saúde”, reforça Mary Thereza.