Setembro Verde é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal. A campanha busca mobilizar a comunidade médica e a população em geral para discutir prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença.

Segundo o médico oncologista Daniel Modolo, do CECAN – Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba, trata-se de uma das neoplasias mais comuns no Brasil, cuja incidência aumenta significativamente após os 50 anos de idade.

“Este é um dos poucos cânceres em que existe um protocolo de rastreamento, ou seja, exames que podemos realizar a partir de uma determinada idade para detectar a doença precocemente, mesmo em pessoas que ainda não apresentam sintomas”, destacou o especialista.

Entre os principais fatores de risco para o câncer colorretal estão idade e histórico familiar; dieta pobre em fibras, frutas e vegetais; consumo frequente de alimentos processados (como carnes industrializadas e embutidos); alcoolismo, tabagismo, sedentarismo e obesidade.

Prevenção e hábitos de vida

O oncologista reforça que o câncer colorretal pode ser prevenido com hábitos saudáveis. Uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, associada à prática regular de atividade física, ajuda na prevenção e no tratamento. Já o consumo de carnes processadas e preparadas diretamente sobre chamas deve ser evitado, assim como o tabaco e o uso excessivo de álcool.

Atenção aos sintomas

A doença pode se manifestar com sangramento nas fezes; alteração do hábito intestinal (constipação ou diarreia persistente); e dor abdominal importante. “Se você tem 50 anos ou mais, ou possui fatores de risco, procure o médico para realizar o rastreamento mesmo antes de apresentar sintomas. Essa é a oportunidade de encontrar o câncer em estágios mais precoces”, orientou Modolo.

Dados nacionais

De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deverá registrar aproximadamente 45.630 novos casos de câncer de intestino entre 2023 e 2025, com uma taxa de incidência de 21,10 casos a cada 100 mil habitantes. A mortalidade também preocupa: somente em 2021, foram contabilizadas cerca de 21 mil mortes pela doença no país.